Navegantes
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Foto: Carlos Emerson Junior |
Wainessa, Amigo do Mar, Marinheiro Popeye, Devaneios, Vila do Conde Mestre Fausto, Deus é Luz, Como Deus Quiser, Argonauta, Dom Cidi, Estrela da Manhã, Dina e Paula, Dona Dalila, Filha de Gaia, Gaivota da Urca, Mestre João Coração de Mãe, Atrevido, enfim, quase todas as embarcações têm um nome.
Antigamente, quando navegar era uma completa aventura, dependendo do vento e das marés, era muito comum apelar para os santos de todas as religiões pedindo proteção. Também é tradição usar um nome de mulher, embora ninguém saiba bem porque. De qualquer maneira, com ou sem nome, barcos são lúdicos, pelo menos para quem senta na beira da baia e fica observando seu movimento para cá e para lá, ao sabor das correntes.
De repente descobri que o mar da Baia da Guanabara é diferente do mar aberto do oceano. Se as ondas por aqui são suaves, os barcos estão por toda a parte. Grandes, pequenos, feios, bonitos, modernos, velhos, veleiros, traineiras, botes, canoas, iates, o que o freguês imaginar. E dos atracadouros do Iate Clube, do Quadrado da Urca, do Forte São João e até mesmo o pequeno cais em frente à rua onde moro, saem ou chegam os barcos que cortam essas águas antigas levando gente para outras terras.
Tudo bem, não há mais terras para descobrir. Mas ainda há peixes para pescar e lugares para conhecer. Aos barcos, avante, rumo ao horizonte navegar.
(2014)
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