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Mostrando postagens de setembro, 2023

Navegantes

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Foto: Carlos Emerson Junior Wainessa, Amigo do Mar, Marinheiro Popeye, Devaneios, Vila do Conde Mestre Fausto, Deus é Luz, Como Deus Quiser, Argonauta, Dom Cidi, Estrela da Manhã, Dina e Paula, Dona Dalila, Filha de Gaia, Gaivota da Urca, Mestre João Coração de Mãe, Atrevido, enfim, quase todas as embarcações têm um nome. Antigamente, quando navegar era uma completa aventura, dependendo do vento e das marés, era muito comum apelar para os santos de todas as religiões pedindo proteção. Também é tradição usar um nome de mulher, embora ninguém saiba bem porque. De qualquer maneira, com ou sem nome, barcos são lúdicos, pelo menos para quem senta na beira da baia e fica observando seu movimento para cá e para lá, ao sabor das correntes. De repente descobri que o mar da Baia da Guanabara é diferente do mar aberto do oceano. Se as ondas por aqui são suaves, os barcos estão por toda a parte. Grandes, pequenos, feios, bonitos, modernos, velhos, veleiros, traineiras, botes, canoas, iates, o que

O assunto é jazz

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  Ilustração: UdiscoverMusic O som do computador toca uma canção qualquer. Quer dizer, qualquer canção vírgula, é uma música do norte-americano Herbie Hancock, um dos maiores nomes do Jazz contemporâneo. Pianista e ótimo compositor, reconheci logo pelo fraseado que ele consegue tirar das notas e teclas do piano. Para melhorar, está acompanhado de mais duas lendas vivas, o baixista Ron Carter e o baterista Tony Willians, velhos conhecidos do público brasileiro. Pois é, mas só fui tomar gosto pelo gênero quando fiz cinquenta anos, há mais de uma década atrás. Daí para a frente tento tirar o atraso e praticamente só ouço standards, clássicos, fusions e improvisos, ao vivo ou não, de todos os músicos, intérpretes e arranjadores possíveis, de qualquer parte do mundo. Graças a internet, é claro. E nesse ponto, recomendo os serviços do Rdio, Spotify, Google e Apple Music e por aí vai. Todos disponibilizam um enorme e abrangente acervo e o que você não encontra em uma, fatalmente achará na out

De cara no chão

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Foto: O Globo Essa crônica é do tempo que eu morava no Rio e caminhava ou corria diariamente na orla da zona sul. Bons tempos. E lá ia eu, hoje pela manhã, em plena Praia de Ipanema, passo acelerado na calçada, de olho no objetivo: chegar no final do Leblon e retornar até o Posto 4, em Copa, uma jornada com mais de dez quilômetros. A primeira parte, até o Arpoador, correu (sem trocadilhos) tranquila. Animado, dei uma meia trava, alonguei as pernas e iniciei a segunda fase. Pois sim! No meio do caminho tinha uma pedra. Portuguesa, é claro. Na altura do antigo Barril 1800 pisei em algo solto e imediatamente perdi o equilíbrio. Era uma pedrinha do calçamento que ficou girando embaixo do tênis. Desabei para a frente, como um saco de batatas. Mas, por sorte, não enfiei a cara no chão. Tirando o susto e a péssima sensação de desequilíbrio, sai com apenas uns leves arranhões nos joelhos e cotovelos. Um tombo “leve”, digamos assim. Só que aí acabou a concentração para encarar a jornada. Depois