E a vida continua
Algum dia, não sei quando, desapareceremos do planeta Terra, nossa casa tão mal tratada, o nosso lar tão esquecido. Não importa se será em consequência de uma catástrofe ambiental, uma guerra nuclear ou, simplesmente, pelo cansaço da vida humana, pela apatia e desinteresse em prosseguir uma jornada de violência, destruição, ódio e também amores e realizações educacionais, científicas e culturais que ficarão como um legado para ninguém.
Desse dia em diante, as cidades serão apenas ruínas, os imensos pastos do interior brasileiro serão tomados pelas matas mas, infelizmente, milhões de animais que dependem de uma forma ou outra dos homens, perecerão com fome e sede. Em compensação, outros milhares, selvagens e mais adaptados e buscarão alimentos e abrigos no que restou das fábricas, usinas, barragens, hotéis, hospitais, quartéis e demais construções e espaços construídos pelo homem.
Os rios voltarão aos leitos originais e correrão para o mar limpos e piscosos como todos os rios já foram um dia. Os oceanos, por sua vez, livres de vazamentos de óleo, naufrágios de cargas poluentes, despejo de esgoto e lixo radioativo e todo o tipo de mazelas, explodirão de vida marinha, nutrientes e, quem sabe, algum dia seja berço de uma nova vida inteligente, mais adaptada. O ar que um dia respiramos será completamente diferente, limpo e saudável.
Algum dia, não sei quando, o planeta Terra vai renascer e viver em paz.
(2020)
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