O último barão da república
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Arte: Eugenio Hansen |
“Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer. (Barão de Itararé)”
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, jornalista, escritor e humorista, o Barão de Itararé, era um pândego mesmo. Imagino o que ele não aprontaria nesses dias sombrios! Algumas de suas tiradas são geniais, como “o Brasil é feito por nós. Está na hora de desatar esses nós.” Ou “de onde menos se espera, daí é que não sai nada” e a famosa “não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar”.
E não fica só nisso:
“O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro”.
“A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis”.
“O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.
“O mal do governo não é a falta de persistência, mas a persistência na falta”.
“Nunca desista de seu sonho. Se ele acabou numa padaria, procure em outra”.
O homem realmente era terrível! Sorria, apesar da quarentena, da crise e das contas a pagar. Afinal, “Se você tem dívida, não se preocupe, porque as preocupações não pagam as dívidas. Nesse caso, o melhor é deixar que o credor se preocupe por você.” Conselho do Barão de Itararé, é claro.
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