A morte da bezerra

A bezerra morreu. Santinha, moça bonita e muito dada, informa, amuada: – põe na conta do Abreu. O "Seu" Biu Clintom, inconformado, furioso, esquecendo-se que o burro acredita em tudo o que lhe dizem, passou a mão na peixeira e jurou vingança. Aquilo não ia ficar assim, ia pegar o Abreu. Dona Excelsa, sábia senhora, conhecendo bem o marido que tinha, cheia de dedos tentou explicar que leite de vaca não mata bezerro e Dona Santinha, aquela mesma que criou fama e deitou na cama, não sabia o que estava falando. Lembrou que o Padre Tadeu sempre dizia que para bom entendedor, meia palavra basta e ficou sem entender nada. Afinal, a bezerra morreu do quê? Morte morrida ou morte matada? Gritou lá para dentro da casa, como que pedindo socorro para Dona Excelsa. Não há rosas sem espinhos, respondeu a esposa, a bezerra se foi de velhice, doença, tédio, era a hora dela, homem de Deus. Sim, mas e o Abreu, o que é que o Abreu tem a ver com tudo isso? Indagou, ainda cis